quinta-feira, 9 de novembro de 2006

A saúde como negócio 2

Continuando a história da saúde. Agora sobre a quantidade de farmácias.

Ontem, caminhando por Copacabana resolvi fotografar farmácias. Numa quadra, na Av. Copacabana entre as ruas Dias da Rocha e Constante Ramos, eu fotografei 5 farmácias.

Claro que o bairro tem muitos aposentados e há uma grande concentração de comércio, mas não consigo entender porque tantas drogarias, duas da mesma bandeira a menos de 30 metros de distância. Isso deve ser um negócio muito bom, melhor que padaria e boteco.

Outro detalhe é que o preço dos medicamentos e produtos oferecidos é práticamente o mesmo. Acho que a indústria da doença, não da saúde, é a que mais cresce no país.

Há uns 10 anos estava viajando de carro de Recife para o Rio e dormi numa cidade do interior da Bahia, chamada Alagoinhas. Fiquei num hotel no centro da cidade, saí para jantar, era quase meia noite num dia de semana e foi difícil encontrar um restaurante, acabei comendo numa lanchonete, mas o que me chamou a atenção foi a quantidade de farmácias abertas, eram 7 num raio de 200 metros.

Ou a maioria das farmácias da cidade estavam ali, fazendo com que o doente ande muito para chegar a uma delas, ou a quantidade é absurda. Em países mais organizados a localização das farmácias é estratégica, pois tem que ter uma a cada 500 metros em média, pois farmácias são lugares de utilidade pública, além de sempre ter um farmacêutico de plantão.

O que vemos aqui é uma bagunça. A farra das farmácias.

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